No sábado (6), a seleção brasileira fracassou na Copa América ao ser eliminada pela boa equipe do Uruguai nos pênaltis. Após a eliminação do torneio, um pobre discurso começou a fazer barulho na internet: “Jogador de time mediano da Europa não deveria ser convocado”, disse algum leigo.
Na minha humilde e sincera análise, o menor dos problemas são os jogadores que vestem a amarelinha. Foco por exemplo no Savinho, destaque do Girona da Espanha que brilhou na última temporada, levando a equipe a uma classificação histórica para a próxima Champions League.
Como um time que tem Alisson, Vinícius Júnior, Rodrygo, Militão, Danilo, Endrick, Paquetá e tantos outros excelentes jogadores é considerada uma equipe fraca? Estamos falando de atletas que são protagonistas em suas equipes, com um dessa lista sendo grande candidato a melhor do mundo.
Pra mim o problema é o comando técnico, alinhado com a falta de planejamento. Gosto do Dorival, torço por ele, mas nem de longe ele era a primeira opção da CBF. Ancelotti, Diniz e depois, bem depois, ele. O Brasil não revela técnicos de primeira linha a algum tempo, ao contrário por exemplo da Argentina, que aparentemente tem mais vocação no assunto.
Pra falar a verdade, Tite é o melhor técnico brasileiro que temos, depois dele encontraremos dificuldades em achar alguém do mesmo nível. Pra mim a solução é tentar alguém com forte nome no mercado. Se sonhar é de graça, alguém poderia passar um “zap” pro senhor Jürgen Norbert Klopp? Vai que…
Mas voltando ao assunto inicial, de que jogadores de Wolverhampton, Girona, Newcastle e blá blá blá não podem jogar na seleção, fica aqui a minha indagação: você conhece o elenco atual da seleção espanhola, semifinalista da Eurocopa?
Vou dar alguns exemplos: Unai Simón (Athletic); Remiro (Real Sociedad); Jesús Navas (Sevilla); Laporte (Al Nassr), Le Normand- (Real Sociedad); Baena (Girona); Dani Olmo (Leipzig); Oyarzabal (Real Sociedad). Sim, boa parte do time que joga um futebol bonito de ser visto, é composto por jogadores de equipes medianas do futebol europeu, com um atuando na Arábia Saudita.
A explicação talvez seja simples, o tal “funcionamento da engrenagem” que não acontece com o Brasil, pelo menos até o momento. Dizer que a seleção não tem talento é de uma ignorância fora da curva, ou vai ver é só clubismo mesmo. Temos muito talentos, a cada esquina, mas falta comando!
Nenhum Comentário! Ser o primeiro.