Nos últimos dias o assunto SAF (Sociedade Anônima do Futebol), dentro do Americano FC, tem tomado conta, ultrapassando as barreiras regionais e ganhando destaque no jornalismo esportivo nacional.
No momento, o clube encontra-se dividido em relação a esse assunto, com o presidente Tolentino Reis negando a venda para Felipe Melo e Boston City. Por outro lado, o Conselho Deliberativo do clube é favorável a venda, considerada “interessante” por grande parte dos conselheiros.
O blog conversou com Renato Valentim, empresário mineiro de 54 anos que tem interesse na compra da SAF alvinegra.
Valentim é o proprietário do Boston City Futebol Clube USA/Brasil. Natural de Manhuaçu (MG), Renato imigrou para Boston, EUA, em 1998.
Em 2001, iniciou sua jornada empreendedora no setor imobiliário e, em 2004, abriu seu primeiro restaurante, o Tavern In The Square. Hoje, a rede conta com 23 unidades espalhadas pelos estados de Massachusetts, Connecticut, Rhode Island e New Hampshire.
Como foi o contato inicial com o Americano?
O contato inicial com o Americano aconteceu por meio de pessoas que já tinham conhecimento do processo de SAF do clube. Elas nos procuraram para verificar se tínhamos interesse em explorar a possibilidade de aquisição, e a partir daí iniciamos as conversas.
Como se deu o interesse em investir no futebol de maneira geral?
Já investíamos no futebol nos Estados Unidos, e com a aprovação da lei da SAF no Brasil, enxergamos uma grande oportunidade no mercado brasileiro. O futebol no Brasil está passando por um processo de profissionalização e transformação cultural, o que nos inspira a acreditar em um futuro promissor para os clubes que seguem esse caminho. Vemos nesse cenário não apenas uma oportunidade de investimento, mas também de contribuir para o crescimento e evolução do esporte no país.
De acordo com as últimas notícias e declarações, existe uma divergência de opiniões entre o Conselho Deliberativo, e o presidente do Americano, Tolentino Reis, que no caso não quer a venda da SAF no momento. Como você analisa essa situação?
Entendemos que se trata de uma questão interna do clube, sobre a qual não temos como opinar, já que não temos conhecimento aprofundado das divergências. Nosso foco é sempre respeitar os processos internos de cada instituição e aguardar que as partes envolvidas cheguem a uma resolução alinhada aos melhores interesses do clube.
Se a venda se concretizar, qual será a divisão para a SAF e associativo, em termos de porcentagem?
No momento, essa questão permanece em sigilo, já que ainda não assinamos os documentos finais. Assim que for oportuno e tivermos todos os detalhes formalizados, nos pronunciaremos sobre o assunto.
Qual recado final que você deixa para a torcida do Americano?
Se a compra for concretizada, nosso compromisso será reestruturar financeiramente o clube, que, segundo nossos levantamentos, enfrenta uma situação delicada. Vamos investir tanto no futebol profissional quanto na base, promovendo uma reestruturação completa para recolocar o Americano no lugar de destaque que merece e do qual esteve afastado por muitos anos. Nosso objetivo é fazer com que o torcedor volte a sorrir e se orgulhar do time que tanto ama.
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